The Elder Scrolls Chronicles
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Mensagem por Admin Qua Set 07, 2016 4:07 am

Os dois guerreiros estavam frente a frente, encarando-se, enquanto a chuva caía ao redor, grudando as madeixas às suas testas. Era Noite e o vento trazia consigo o frio implacável do Inverno.
A Lua fornecia toda a iluminação necessária àqueles combatentes, que possuíam visões inumanas.
Pareciam ser irmãos, aqueles homens. Um estava numa armadura pesada ornamentada em ouro, que gerava um som metálico ao se mover. Segurava uma espada larga, de duas mãos bem à frente de seu corpo, com a lâmina banhada na chuva refletindo a luz prateada. Seus cabelos dourados ondulavam sobre seu rosto sardônico, com os olhos vermelhos reforçando a aparência psicótica. Seu nome era Solis.
O outro guerreiro estava trajado em uma armadura prateada, criando uma harmonia com o luar. Seus cabelos eram platinados, seus olhos, púrpuros. Este carregava uma espada bastarda na mão esquerda e um escudo prateado na direita. Seu rosto era sereno, confiante e desdenhoso. Seu nome era Lune.
Lune eu um toque de leve no escudo com a ponta da espada e esperou... De súbito, Solis investiu, saltando em direção à ele com uma estocada, que Lune parou com o escudo, fazendo o som do aço ecoar pela imensidão da noite. A estocada forçou Lune a recuar, com o impacto. Sem perder tempo, Lune girou, fazendo o escudo bater na base da lâmina do inimigo, abrindo um espaço. Investiu com um ataque na diagonal, na altura do peito. Surpreendentemente, Solis saltou para o lado, girando o corpo no ar, ignorando o peso da armadura. Enquanto no ar, Solis desferiu um ataque usando os pés, acertando em cheio a couraça de Lune, que foi atirado para longe, enquanto Solis aterrissava.
O escudo e a espada foram parar em lugares opostos, mas Solis não fez a mínima menção de impedi-lo de apanhá-los. Então, levantando-se suavemente, limpando a lama de sua armadura, Lune andou lentamente até seu equipamento e o apanhou, preparando-se novamente.
Girando a espada ao redor do corpo, Solis cortava o ar ao seu redor, espirrando gotas de água em várias direções. O som era parecido com o retesar de um arco. Virou-se novamente para o Irmão,voltando a investir. Dessa vez desferiu um golpe na vertical, chocando-se diretamente contra o escudo de Lune. O som teria sido ensurdecedor para pessoas comuns, mas não àqueles dois.
Trocaram vários golpes, com Solis atacando freneticamente, desferindo ataques em direções diferentes, enquanto Lune aparava os golpes com o escudo, tentando contra-ataques facilmente desviados por Solis, que fazia acrobacias que desafiavam a física.
Saltaram em direções opostas, afastando-se, já começando a demonstrar desgasto físico. Solis ajoelhou-se, fincando a espada no chão para servir de apoio. Lune sorriu de forma enigmática, olhou para o escudo e o atirou para longe, segurando a espada com as duas mãos. Cortou o ar, uma, duas, três vezes, testando seus golpes e observou o Irmão. Este sorriu de volta, mas com escárnio.
Usou sua força para impulsionar-se e levantou.
A chuva tinha perdido sua intensidade, mas o campo já estava totalmente molhado, e o frio já havia adentrado os corpos dos guerreiros ali presentes.
Foi a vez de Lune investir. Avançou, atacando em direção ao pescoço de Solis, que desviou para trás, porém Lune o acompanhou, girando rapidamente o corpo para atacar continuamente. O segundo golpe pegou a mão que segurava a arma de seu inimigo desprevenida, atirando-a para o lado. E então veio o terceiro, que abriu um corte do estômago ao peito, banhando a armadura de carmesim.
Solis tateou o próprio corpo, sujando suas luvas com sangue, e desatou a rir. Suas gargalhadas eram cada vez mais altas, até que pararam, e se tornaram apenas murmúrios. Lentamente, foi removendo as peças de sua armadura, jogando-as pelo campo de batalha. Quando terminou, havia somente uma calça por baixo e as botas. Seu peito estava desnudado, com a linha enorme que formava o corte em seu tronco e o sangue refletindo a luz do luar.
Avançou em direção a sua espada e a recolheu, observando seu irmão, que assim como ele, não o impediu. E então, voltou a investir contra ele. As espadas se chocaram, criando uma onda sonora. Enquanto forçavam para fazer a defesa inimiga ceder, se encaram pela última vez, e seus olhos demonstraram o pesar... E voltaram a série de golpes, chocando as espadas várias vezes.
Lune tentou estocar diretamente contra o peito desnudo do Irmão, mas este aparou o golpe com sua espada, jogando-o para o lado. Os dois demonstravam o cansaço em seus rostos. O ferimento de Solis havia parado de sangrar , e ele nem mesmo parecia notá-lo. A adrenalina tomava conta de seu corpo.
E então veio o último embate. Lune investiu cegamente, com um ataque na diagonal que acertou diretamente o ombro de seu inimigo; este estocou com toda a força restante no estômago do irmão, fazendo surgir a ponta da espada em suas costas. Sangue jorrou, criando uma grande poça. Lentamente, os olhos dos dois foram se fechando, e suas últimas expressões foram alegres, enquanto suas vidas cessavam. Seus corpos caíram em direções diferentes. Um relâmpago cortou os céus, iluminando o local. O silêncio se pôs novamente, e depois disso, nada mais...

Fim.
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